Trabalho Compulsivo: Os riscos de ser um workaholic

Trabalho Compulsivo: Os riscos de ser um workaholic

“Muito trabalho e nenhuma brincadeira faz de Jack um garoto chato”

Essa frase não é nova, especialistas dizem que datam do século XVII, mas é mais atual que nunca. Seu significado é simples: se Jack trabalha sem parar e não tira um tempo para se divertir, acaba ficando chato.

Atualmente, Jack seria conhecido como um workaholic, ou seja, alguém viciado em trabalho. E assim como outros vícios, o vício em trabalho não é saudável e pode prejudicar não só a saúde do trabalhador, como também sua vida pessoal e profissional.

Nossa cultura atual, de busca de resultados imediatos, de entrega de projetos para ontem e exaltação da máxima de que quem fracassa é porque não trabalhou o suficiente acaba levando muitas pessoas a trabalharem 12 horas ou mais por dia, a trabalharem de fim de semana, direto e sem descanso ou folgas.

Mas o que esse vício fala sobre os hábitos da nossa geração? Quais são os riscos que o vício em trabalho pode trazer para o trabalhador? Há maneiras de trabalhar e render sem precisar se prejudicar psicologicamente!

TRABALHO COMPULSIVO

Diferente do que alguns textos que encontramos pela internet dizem, nem todo trabalho duro é prazeroso.

É comum encontrar textos “motivacionais” que colocam o trabalhador compulsivo como um modelo a ser seguido ou uma qualidade que todos deveriam buscar ter. O problema reside nas consequências que esse comportamento pode trazer.

Tais textos costumam romantizar a compulsão por trabalho, apresentando os viciados como pessoas motivadas, focadas na carreira e com objetivos profissionais, que não admitem fracassos e são avessas a preguiçosos, como alguns textos chamam aqueles que trabalham menos ou dizem para os workaholics que devem reduzir suas jornadas.

CONSEQUÊNCIAS

A compulsão por trabalho não traz resultados, não gera prestígio, dinheiro ou prazer, pelo contrário.

Esse distúrbio prejudica sua vida profissional, já que pensar somente na atividade e gastar a maioria das horas do dia nela reduz o rendimento e a qualidade do que é entregue. A tendência do mercado nos próximos anos será a redução da jornada de trabalho, já que estudos comprovaram que a redução aumenta a produtividade, além de ser benéfico para a saúde dos funcionários.

A saúde é o principal ponto para esclarecer o quão prejudicial é a compulsão por trabalho. Gastar horas trabalhando ou pensando em trabalho causa dezenas de problemas de saúde, que vão desde transtornos mentais (estresse, síndrome de burnout, depressão), dores em geral (lombar, muscular, tendinite, LER) até problemas respiratórios ou de pele, dependendo do emprego.

O afastamento do convívio pessoal também afeta diretamente o trabalhador compulsivo. Quando não prefere ficar trabalhando ao invés de ir a eventos pessoais, o workaholic acaba indo aos eventos e conectado ao celular, enviando mensagens, fazendo telefonemas e resolvendo pendências do trabalho.

MUDAR É PRECISO

Trabalhar bastante é diferente de se tornar compulsivo. É possível passar horas trabalhando sem se tornar um workaholic. Saber unir a vida profissional e a vida pessoal, sem que uma prejudique a outra é um exercício diário e contínuo.

Descansar, tirar alguns dias de folga e aproveitar momentos de lazer é fundamental para manter a sanidade e não significa que você está sendo preguiçoso ou que está perdendo tempo por não estar trabalhando. Pelo contrário, significa que você preza pela sua saúde e pelas suas relações pessoais.

Ser um trabalhador compulsivo não significa que você é mais produtivo, as vezes pode significar que você não é organizado o suficiente e acaba trabalhando mais horas para entregar o mesmo resultado.

Se organizar, planejar o dia a dia, tanto de trabalho quanto de horas vagas, criar um calendário de tarefas, estabelecer prioridades e limites e aprender a recusar ou a demandar trabalho para outros pode ajudar a reduzir a compulsão. Entender que você é um ser humano que também precisa descansar e ter uma vida saudável é essencial aqui.

Quando o trabalho se torna um vício, deixa de ser prazeroso e passa a ser preocupante.

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