23 out Os Impactos dos Acidentes e Doenças Ocupacionais
Acidentes e doenças ocupacionais são todos aqueles que são decorrentes, de forma direta ou indireta, das atividades laborais de um indivíduo. Acidentes podem ocorrer dentro do ambiente ou fora dele quando o trabalhador está a serviço de seu empregador. Já as doenças ocupacionais são subdivididas entre as doenças profissionais ou tecnopatias, onde a causa é diretamente relacionada às atividades ocupacionais do indivíduo, e doenças do trabalho ou mesopatias, que tem causas indiretas ou as atividades agem como potencializadores dos sintomas.
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O fato é que sob todas as perspectivas, os acidentes e doenças decorrentes do ambiente ocupacional são negativos não só para a empresa e trabalhador, mas também para a sociedade e economia como um todo. Os custos são elevados e os prejuízos não são só econômicos, mas também sociais e humanos.
As estatísticas mostram que a somatória de perdas que levam em conta os danos, muitas vezes irreparáveis, causados à integridade física e mental do indivíduo são crescentes e afetam anualmente trabalhadores de todo o Brasil. Além disso, entram para a soma também os prejuízos que as empresas tem com os acidentes e doenças ocupacionais, além de outros custos para a sociedade como um todo.
Danos aos Trabalhadores
O número de mortos ou incapacitados para o trabalho diminuiu entre 2004 e 2014, de acordo com o Anuário da Saúde do Trabalhador de 2015, porém, ainda são preocupantes e devem ser reduzidos. As estatísticas da Previdência Social ainda mostram ocorrências prematuras de óbitos e incapacidade, além de danos extensivos como:
- Necessidade recorrente de assistência médica;
- Sofrimento físico e mental;
- Próteses, cirurgias e remédios;
- Fisioterapia;
- Assistência Psicológica e Psiquiátrica;
- Mobilidade e locomoção afetadas;
- Desemprego;
- Desamparo à família;
- Diminuição do poder aquisitivo;
- Marginalização;
- Depressão e doenças psicológicas;
Veja o anuário de Saúde do Trabalhador completo no site da DIEESE.
Danos às Empresas
Apesar da incidência de acidentes e doenças ocupacionais ser maior em médias e grandes empresas, as pequenas e microempresas são as que mais sofrem com as consequências e prejuízos. São dois tipos de custos que entram na conta: o custo direto, ou custo segurado, e o custo indireto, ou não segurado.
O custo direto ou segurado, é relacionado ao recolhimento mensal feito à Previdência Social, que já inclui o seguro contra acidentes de trabalho, garantindo benefícios estabelecidos na legislação previdenciária. Já o custo indireto ou não segurado, é quatro vezes maior do que o segurado, ou seja, para cada R$1,00 gastos com custos segurados, são R$4,00 gastos com não segurados. Ou seja, sempre vai valer a pena pagar o seguro.
Empresas não seguradas sofrem danos principalmente em itens como:
- Paralisação de setor, equipamentos e maquinário;
- Salário dos 15 ou 30 primeiros dias após o acidente;
- Comoção e trauma coletivo;
- Prejuízos referentes à imagem da empresa;
- Destruição ou danificação de produtos, matéria prima, máquinas, veículos, equipamentos e outros insumos.
- Embargo, interdição fiscal e investigação de causas;
- Perícia trabalhista, civil ou criminal;
- Paralisação de setor ou da empresa até a correção das causas apontadas;
- Cobertura de licenças médicas pagas;
- Treinamento de substitutos;
- Aumento do prêmio do seguro;
- Multas contratuais;
- Indenizações e honorários legais;
Danos à Sociedade
Além das empresas e trabalhadores que podem ser diretamente afetados pelos acidentes e doenças ocupacionais, as estatísticas apontam que os trabalhadores mais afetados têm entre 20 e 30 anos, que são justamente os que estão em melhor condição física e estão em maior número dentro da população economicamente ativa. Ou seja, os trabalhadores afetados, em sua maioria, sustentam famílias e exercem papéis importantes dentro das empresas, o que afeta diretamente a sociedade.
A necessidade de socorro, medicações e cirurgias urgentes acabam tomando mais leitos dos hospitais e exigindo muitas vezes apoio e suporte familiar que pode afetar a atividade laboral de outros membros da família e ou comunidade.
Consequentemente, isso prejudica o desenvolvimento do País, principalmente no setor de econômico. O aumento de benefícios previdenciários a serem pagos e a redução da população economicamente ativa contribuem para este impacto, além do aumento de impostos, taxas e do próprio seguro.
Lembrando que, independente dos prejuízos econômicos, o maior dano sempre vai ser à vida humana. É justamente a falta de humanização nas questões de saúde e segurança no trabalho que levam à negligência dentro das empresas, que ao invés de focarem na qualidade de vida do trabalhador, acabam focando só em redução de custos e lucro.
A melhor forma de prevenir doenças ocupacionais e acidentes no trabalho é investindo no reconhecimento, qualificação e controle de riscos ocupacionais. A EPSSO implanta e gerencia todos os programas de Saúde Ocupacional que ajudarão a sua empresa a preservar o ativo mais estratégico da sua empresa: A saúde de seus trabalhadores.
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